Unidade funciona na Asces-Unita e atende população de 65 cidades pernambucanas

Um Centro de Especialidades Odontológicas que funciona dentro da universidade, ajudando a formar novos profissionais e atendendo à população de diferentes municípios. Essa é a dinâmica do CEO instalado na Asces-Unita, umas das poucas instituições do Brasil a contar com uma dessas unidades em sua estrutura, possibilitando que o estudante em formação tenha acesso à prática de especialidades.

“Normalmente, em outros cursos, isso só acontece depois que o aluno se forma. Como nós temos uma clínica especializada, mantida com a ajuda de outros profissionais especialistas, então o nosso aluno tem a possibilidade de praticar uma odontologia especializada ainda durante a sua formação”, explica o professor Daniel Saturnino.

No Centro de Especialidades são ofertados serviços em cinco áreas: a periodontia (que cuida da saúde gengival), a estomatologia (que cuida do câncer bucal), as necessidades odontológicas especiais, a endodontia (especialidade que realiza canais) e a cirurgia oral menor. A média mensal de atendimentos, em anos anteriores, é em torno de seis mil casos por semestre. “Nesse semestre provavelmente terá uma redução, por questão da pandemia tivemos que reduzir o número de agendamentos”, cita Saturnino.

O CEO da Asces foi criado em 2005, como parte do projeto Brasil Sorridente, do governo Lula, para dar conta da atenção odontológica especializada. À época, o professor Uoston Holden coordenava na Asces o projeto Asa Branca, de busca ativa do câncer bucal nas comunidades, e idealizou a criação de uma clínica para atender aos pacientes triados pelo projeto Asa Branca – esse também era o nome inicial da clínica. Foi idealizado um projeto, depois encaminhado para o Ministério da Saúde. Coincidentemente, era a época que se estava idealizando o programa Brasil Sorridente.

Daniel Saturnino conta que depois da aprovação, a Asces foi contemplada com uma verba federal que possibilitou a instalação do CEO, contendo doze gabinetes odontológicos e um centro cirúrgico. “Eles espalharam CEOs pelo Brasil todo e o nosso foi um dos primeiros CEO escola, uma clínica que serve para atender à comunidade, mas com a participação do ensino”, descreve.

Segundo Daniel, o CEO Asces funciona como uma parceria público-privada, onde a Prefeitura de Caruaru gerencia e repassa os recursos enviados pelo Ministério da Saúde para manutenção dos serviços. “Como somos uma unidade da rede de saúde, todos os pacientes são encaminhados através de um sistema chamado NOA. Atendemos pacientes de Caruaru e de toda uma região, com um fluxo em torno de 65 cidades que fazem parte da nossa região meso agrestina”, conclui.