Cícero Severino de Lima, 48 anos, é um paratleta. Aos 13 anos ele sofreu um AVC que deixou sequelas e desde então vive de desafios e superações. Cícero participa do PROTED, projeto de extensão da Asces-Unita em convênio com a Associação dos Portadores de Deficiência de Caruaru (APODEC), que treina atletas com deficiência para participar de competições. Devido à pandemia, as atividades estão acontecendo por teleatendimento, mas na APODEC Cícero voltou a treinar normalmente, nas terças e sábados, “seguindo todas as orientações de saúde”, ressalta.

Soraya Santos, coordenadora do Núcleo de Extensão da Asces-Unita, explica que a extensão universitária é um dos pilares mais fortes da instituição. “Nós temos um grande compromisso e uma responsabilidade social aqui no Agreste. Eu sempre digo que a extensão universitária muda a vida das pessoas. São ações extra muros, a partir do nosso conhecimento levamos intervenção para melhorar a vida das pessoas”, observa.

Ao todo, 27 projetos de extensão estão vinculados ao Núcleo de Extensão, no entanto, o número é ainda maior, já que existem outros projetos diretamente ligados aos laboratórios da instituição. Entre eles, o “Conta Mais”, que trabalha a educação financeira, e o “Núcleo de Apoio Fiscal” de orientações aos contribuintes. Outro projeto importante é o “Águas do Agreste” que trabalha com análise, diagnóstico e intervenção.

O “Danças do Agreste” é um projeto que resgata a cultura através da música e está sendo realizado de forma remota. Na área da saúde, projetos de odontologia atuam desde o diagnóstico da saúde bucal a estratégias de promoção de saúde e de prevenção de doenças como o câncer. O “Doação e Ação”, por exemplo, mobiliza a comunidade, em parceria com o Hemope, para aumentar o banco de sangue na região.

Alguns projetos trabalham de forma integrada, como o “Cidadania não se aposenta”, direcionado para idosos. “Antes da pandemia esses idosos iam para a Asces e participavam de atividades. É um grupo de risco, então usamos estratégias para que eles se mantenham em casa, mas tenham a assistência da nossa extensão”, comenta. Na Engenharia, o projeto “Biossegurança em cenário de pandemia e pós-pandemia”, com foco na prevenção do Covid-19, orienta tanto a comunidade interna que circula na Asces quanto à comunidade em geral. Ao mesmo tempo, estudantes de Direito participam de atendimento remoto ao cidadão aprisionado, em articulação com a unidade prisional, dando suporte jurídico aos processos em andamento.

Soraya lembra que a extensão beneficia a comunidade, mas é uma via de mão dupla. Além das atividades há um apoio para a comunidade. “A gente dá, mas a gente recebe. O estudante desenvolve algumas habilidades e atitudes dentro desse cenário e fica mais completo. Todos ganham”, defende. Através da extensão, enfatiza Soraya, a Asces-Unita vem impactando de forma muito significativa na vida das pessoas. “Há 16 anos recebemos um selo conferido pela ABMES, pela Campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular, que aponta a Asces como uma instituição socialmente responsável. Esse ano, mesmo com todas essas adaptações, nós estamos levando nossas atividades de forma remota e fomos novamente contemplados com o selo”, comemora.