No Brasil, segundos dados do IBGE, há cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficência, o que representa 23,9% da população total do país. Nesse contexto, percebe-se que políticas públicas e pesquisas nesta área precisam de maior atenção, por isso, a Faculdade Asces nesta sexta-feira (29) realiza o Simpósio Caruaruense de Diversidade e Fraternidade. O objetivo é discutir a vulnerabilidade dos chamados grupos excluídos e a sistemática de proteção, inclusão e integração destes dentro do universo acadêmico e social. Estão sendo esperados formadores de opinião como professores e estudantes. O evento acontece no auditório da Instituição nos três turnos, pela manhã às 9h, à tarde às 14h e à noite às 19h.

O encontro é promovido pelo grupo de pesquisa universitária da Faculdade Asces “Diversidade Solidária” e a programação conta com palestras divididas em três áreas temáticas – manhã: Gênero; tarde: Educação Inclusiva e noite: Diversidade Sexual. Para participar é necessário enviar um email para o endereço diversidadefraterna@gmail.com . Como valor de inscrição, os interessados devem doar dois pacotes de leite, que serão distribuídos posteriormente a uma entidade social.

A expectativa de público inclui um grupo bem heterogêneo, desde estudantes aos demais setores da sociedade. A proposta é levar a comunidade acadêmica a (re) pensar a sua conduta e buscar soluções para ajudar na inclusão da diferença. “Dessa forma imaginamos que estaremos trabalhando a interação da academia com a sociedade”, afirma uma das coordenadoras do grupo de pesquisa, professora Carolina Ferraz.

A docente afirma que durante os estudos realizados pelo grupo houve a necessidade que além do conhecimento teórico fossem realizadas também incursões na construção de condutas mais solidárias e fraternas na comunidade. Isto é fruto da necessidade de que a faculdade perca o seu isolamento e possa mostrar a sociedade a sua produção acadêmica e os instrumentos para que haja maior harmonia no convívio social.

O foco do simpósio é a própria região, deste modo, os palestrantes são pessoas da comunidade envolvidas com a inclusão dos vulneráveis. Apesar de ser organizado por um grupo de pesquisa do curso de Direito, a o evento não se limita a discussões jurídicas, pois visa a transdiciplinaridade, ou seja, a interlocução com os demais segmentos da sociedade e das áreas que estudam/trabalham a inclusão.