O jornal Argentino "Clarín" publicou uma matéria nesta sexta-feira, 15, afirmando uma tensão "explosiva" no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Isso a menos de um mês da realização dos Jogos Pan-Americanos na cidade, o que repercute negativamente para o evento.

Segundo o Secretário Nacional de Segurança Pública Luiz Fernando Correa, mais de 1.000 câmeras estão sendo espalhadas pela cidade para garantir uma maior segurança. O secretário ainda confirma que os resultados já estão aparecendo.

"Estamos com um planejamento para que nada de pior aconteça durante o Pan. A segurança na competição será o início de uma nova forma de se combater o terrorismo na cidade. Tenho certeza que o Rio de Janeiro terá uma grande melhora depois de toda estrutura montada nesse momento", declarou.

O Clarín foi bastante específico ao falar sobre a tensão explosiva que toma conta do complexo, que está sendo cercado contra a ação de traficantes desde a última quarta.

"Do alto do morro exibiam suas metralhadoras e granadas. E apontavam abertamente às forças de segurança governamentais, enquanto as incitavam a entrar no bairro para um confronto", descreve o texto.

"Faltava uma faísca para o pior", conta o Clarín. "A situação, na última hora, parecia a ponto de resultar em tragédia. Podiam-se escutar tiroteios esporádicos e também estouros de granadas”.

Em seu noticiário on-line, o Clarín voltou a comentar pela tarde o balanço das mortes do confronto entre policiais e traficantes. Quatro mortos e cinco pessoas feridas. A matéria publicada ainda cita a Força Nacional. "Cerca de 500 homens fazem parte de um organismo criado recentemente pelo governo federal para conter a violência, no entanto não parece ser suficiente para controlar a movimentação dos traficantes", conclui a reportagem do Clarín.

O Secretário Nacional de Segurança Pública comentou sobre a ação da Força Nacional. "Se vocês perceberem, há quanto tempo não temos assaltos ou troca de tiros nas Linhas Amarela e Vermelha? Isso já é um reflexo do trabalho. A Força Nacional de Segurança não é a salvadora da pátria, mas está em pontos estratégicos na cidade”.