Dentre as muitas coisas que a Itália tem para ensinar a todos os países do sistema internacional é como renascer, nos diversos âmbitos da vida social. E não postulado aqui como um exemplo de perfeição, impecável, mas como um exemplo humano de quanto mais rápido identificamos os erros, os assumimos e buscamos alternativas com comprometimento pelo bem comum, as previvias preocupações econômicas seriam estabilizadas quando estabilizassem a ameaça a vida.

 

O curso natural da vida se delimita em nascer, crescer, reproduzir e morrer; entretanto existem nas letras miúdas do contrato uma etapa especial que reside em resinificar a passagem do último estágio para o primeiro, quando as circunstancias do último além de cessar a vida nos coloca em cheque mate em questionamento sobre como cursamos os ciclos e como gostaríamos de cursa-lo no próximo inicial. A essa etapa especial dominá-la-emos de Renascimento.

 

Renascer humanamente frente aos desafios que parecia nos engolir por inteiro, culturalmente, intelectualmente na incessante busca por soluções, politicamente para poder reconhecer os erros e encontrar o percurso correto a ser trilhado, economicamente para lembrarmos que nem sempre os recursos financeiros resolvem tudo e artisticamente, para que mantivéssemos firme a criatividade que nos floresce novas formas de viver.

 

O italiano não é perfeito, mas as aulas de sociologia em que o homem é um ser adaptável e criativo eles não levaram falta e participaram ativamente das atividades.  Nós tempos escuros acender a luz interna não é tarefa fácil. Entretanto é nesta condição que percebemos a importância da arte e encontramos conforto, sentido, respostas e perguntas justa para renascermos mais sábios.

 

O que seria da esperança sem a música, sem filmes, sem livros, sem poesia, teríamos perdidos as cores e muito provavelmente não renasceríamos, pois, a base do renascer é a esperança por dias melhores ainda que o ontem tenha arrasado nossas almas e estruturas, saber que o sol renascera mais forte após a tempestade.

 

E para elucidar uma vez mais que após a tempestade vem o arco íris a Itália nos mostra mais uma vez, um renascimento contemporâneo para renovar a nossa literatura de ideias que nos mantem firmes, que nos mantem criativos, que nos mantem vivos…

 

… que nos mantem a sorrir não importa o tamanho da dor e do desafio se você achar a tinta correta para pintar a escuridão a sua maneira.

 

     

 

 

 

 João Marcos Justo Lins* Egresso de Relações Internacionais ASCES-UNITA; Mestrando em Estudos Europeus e Globais – Università Degli Studi Di Padova – UNIPD, Itália;

Escritor do Café diplomático e apreciador da arte e cultura pop. @jmarcos72 / @cafe.diplomatico