Um norte para o desenvolvimento dos municípios, a preocupação com a sustentabilidade ambiental é um item quase que obrigatório atualmente quando o assunto é planejamento das cidades. A realidade brasileira ainda caminha a passos lentos a cerca do que pode ser feito em relação à sustentabilidade ambiental, principalmente, nos Estados Nordestinos. Mas, há de convir que muitas cidades já venham traçando estratégias que visam reverter os impactos gerados pelo crescimento desordenado.

Em Caruaru, a maior cidade do interior do Estado de Pernambuco, algumas iniciativas privadas e públicas tem se mostrado boas alternativas para a disseminação dos conceitos de sustentabilidade em diversos aspectos e, sobretudo, na área da educação ambiental, como principal caminho para a obtenção de bons resultados a curto, médio e longo prazos. Tanto do ponto de vista do setor público, quanto da iniciativa privada, metas como a celebração de convênios de cooperação entre órgãos públicos, empresas e Instituições de Ensino Superior (IES), além da inauguração de equipamentos para uso da população são exemplos disso.

A Faculdade Asces, única IES que oferece os cursos de Engenharia Ambiental e de Administração Pública do interior, essa preocupação não deve ser apenas dos futuros profissionais das duas áreas, diz o professor João Anacleto Barbosa Custódio, que também é técnico da CPRH (Agência Estadual do Meio Ambiente). “Alerto que, não só nossos futuros graduados devem se preocupar, mas todos, de todos os nossos cursos. Vale ressaltar, que a Faculdade Asces tem se preocupado com as questões ambientais, seu curso de bacharelado em Engenharia Ambiental, é prova irrefutável dessa visão para a região”, argumenta.

Para João Anacleto, a disseminação de educação ambiental para capacitar a sociedade se associa a esse instrumento de planejamento e gestão, dando-lhe sustentabilidade conceitual para o fomento de comportamentos e atitudes voltadas para o bem comum, implantando desse modo uma cultura de aprendizado constante capaz de alcançar o mais alto padrão do exercício de cidadania.

A opinião dele também é compartilhada pelo engenheiro Kiko Beltrão, responsável pela Empresa de Urbanização e Planejamento de Caruaru (URB). Beltrão destaca que além do próprio Licenciamento da Construção Civil, o órgão passou a emitir, em parceria com a CPRH, o Licenciamento Ambiental – uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente.

“Isso representa um ganho muito grande para a cidade, pois, está acelerando os processos e estreitando ainda mais as relações entre outros órgãos como é o caso da CPRH. Compreendemos também que desta forma um novo campo de atuação para os futuros profissionais da engenharia ambiental começa a surgir”, disse Beltrão, lembrando que no Brasil muitos projetos nem saem do papel em função da falta de sintonia com as questões legais, principalmente, na área do meio ambiente. “O país precisa avançar neste aspecto e em Caruaru, nós temos essa melhoria, são poucas as cidades pernambucanas com essa autonomia”, finalizou.

À frente também da Secretaria de Infraestrutura e Políticas Ambientais nos anos de 2009 e 2010, Beltrão recorda que muitos projetos foram iniciados e alguns deles implementados em sua gestão, oferecendo fortes diferenciais para a cidade. Dois exemplos são os Parques Ambientais inaugurados no município: Severino Montenegro e Baraúnas. Tendo em vista esta preocupação com as gerações futuras e a sustentabilidade, a Faculdade Asces assinará um convênio de cooperação técnica com a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Infraestrutura e Políticas Ambientais, visando à utilização dos parques ambientais da cidade como locais das práticas educativas pelos professores, estudantes e a própria comunidade externa, fomentando uma ampla discussão sobre a educação ambiental.

Sobre esse assunto confira a entrevista com o Prefeito do Município de Caruaru, José Queiroz de Lima, concedida a Revista Asces em Foco clicando aqui.