A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal vinculada ao Ministério da Saúde, concluiu a licitação para a segunda etapa das obras da fábrica em Goiana-PE. O vencedor do certame foi o Consórcio Mendes Júnior-TEP-Squadro, formado pelas empresas Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A, Tecnologia em Projetos de Engenharia S.A. e Construtora & Incorporadora Squadro Ltda.

O concorrente apresentou o menor preço para o serviço: R$ 278.363.583,22, valor que ficou R$ 3,8 milhões abaixo da estimativa inicial, de R$ 282.202.739,24. A assinatura do contrato foi realizada na última sexta-feira (25/2), no escritório da Hemobrás no Recife. Com o término da licitação, a parte civil do parque fabril está encaminhada. Resta a compra dos equipamentos, prevista para este ano.

Entre os prédios que serão erguidos, estão dois dos principais blocos: o B02, considerado o coração da planta 1industrial, que será instalado numa área de 13 mil metros quadrados – onde ocorrerá o fracionamento do plasma sanguíneo e sua transformação em medicamentos; e o B03, espaço de 10,7 mil metros quadrados destinado ao envase dos produtos.

A fábrica deve estar em plena operação em 2014. Todo o empreendimento, incluindo obras, instalações e montagens de máquinas e equipamentos, está orçado em R$ 540 milhões.

A primeira etapa das obras da fábrica começou em junho de 2010 e está pleno em andamento com a construção de B-01, bloco de 2,7 mil metros quadrados que abrigará a câmara fria a 35º C negativos, onde ocorrerá a recepção, a triagem e a estocagem do plasma para a produção dos medicamentos; e B17, prédio de 154 metros quadrados no qual ficarão os geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia elétrica da fábrica. Esta primeira etapa foi licitada por R$ 27,4 milhões. 

SOBRE A FÁBRICA – A planta industrial da Hemobrás é a âncora no Polo Farmacoquímico de Pernambuco. Trata-se da primeira fábrica de hemoderivados do Brasil e a maior da América Latina neste segmento, com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano. Atualmente, as redes pública e privada de saúde do País, despendem R$ 800 milhões por ano para importar esses medicamentos.

A Hemobrás produzirá seis tipos de hemoderivados: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand. Esses medicamentos serão repassados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento gratuito de pacientes com hemofilias A e B, câncer, cirrose, aids, queimaduras de terceiro grau, pacientes em terapia intensiva, doença de von Willebrand, deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas.

Fonte: Ministério da Saúde