Um estudo realizado pelo Centro Feminista de Estudos e assessoria (CFemea) aponta que as conseqüências do aborto ilegal são a principal causa de morte materna em cidades pernambucanas como Petrolina. Os dados divulgados indicam que entre os anos de 2003 a 2007, aproximadamente 85% das internações obstétricas ocorridas em Pernambuco foram para assistência ao parto, das quais 19,7% foram cesáreas. O abortamento foi a causa de 9,7% das internações.

O "Dossiê sobre a Realidade do Aborto Inseguro em Pernambuco: o Impacto da Ilegalidade do Abortamento na Saúde das Mulheres e nos Serviços de Saúde de Recife e Petrolina" indica ainda que a taxa de abortos induzidos varia de 30% a 70%, envolvendo mulheres de 15 anos a 44 anos.

Segundo o CFemea, a ilegalidade do aborto leva à subnotificação e ao sub-registro de informações relacionadas ao aborto no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribui para o aumento dos riscos à saúde a à vida das mulheres que vivem em Pernambuco. A pesquisa aponta ainda que o tratamento das complicações do aborto inseguro tem impacto financeiro direto no SUS.

O Centro recomenda campanhas de informação sobre a contracepção de emergência e a garantia a distribuição deles principalmente às maternidades e hospitais de pequeno porte e do interior.

Com informações da Agência Brasil.