O Parlamento alemão aprovou hoje uma medida para diminuir as restrições às pesquisas com células-tronco. A nova regra altera uma lei de 2002, que impunha limites, permitindo que os cientistas importem novas linhagens de células-tronco. De acordo com a decisão, as células só podem ser importadas para uso em projetos de "importância significativa", em que nenhum outro método possa ser utilizado.

As leis alemãs são mais rigorosas do que as de outros países europeus, entre os quais a Grã-Bretanha e a Suécia. A principal opositora da pesquisa com células-tronco na Alemanha é a Igreja Católica. O presidente da Conferência dos Bispos Alemães, Robert Zollitsch, defendeu a completa proibição das atividades de pesquisa. "Não se pode matar pessoas para ajudar outras pessoas", argumentou.

No Brasil, a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisa está rendendo uma boa discussão. O julgamento da ação no Supremo começou no mês passado, O ministro Carlos Ayres Britto, que relatou a ação, votou pela liberação das pesquisas. Em seguida, Menezes Direito pediu o adiamento da sessão sob o argumento de que precisava estudar a fundo o caso. Regimentalmente, ele tem até 30 dias para devolver o processo e, assim, o julgamento prossiga.

Nos dois países, tanto na Alemanha, quanto no Brasil, a Igreja se mantêm oposta a decisão da liberação para estudos científicos.