Pesquisadores do Trinity College, de Dublin, na Irlanda, revelaram que a cocaína altera partes do cérebro associadas a chamada, força de vontade. Os testes mostraram que a cocaína aumentou a atividade em áreas do córtex pré-frontal, região do cérebro associada ao controle emocional e à tomada de decisões, além de revelar diferenças nas estruturas cerebrais dos usuários de cocaína.

"Esta pesquisa nos ajuda a afastar a idéia de que a dependência de drogas é uma fraqueza moral e nos permite ver (a dependência) mais como um problema médico", afirmou Hugh Garavan, que liderou a pesquisa.

Segundo Garavan, os estudos anteriores a respeito do uso e vício em cocaína se concentraram em aspectos emocionais do problema, como o prazer que a droga provoca, o desejo de consumi-la e a crise de abstinência.

Dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) apontam uma estatística procupante. O consumo de cocaína, no Brasi, cresceu mais de 30% – média de 6% ao ano – entre 2002 e 2007, enquanto em outros centros econômicos houve uma estabilização.

No país, circula em média 80 toneladas ao ano, quase tudo produzido em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Bolívia. Para a ONU, há relação entre crescimento econômico e aumento do consumo de drogas, fenômeno, que pode explicar em parte o aumento do consumo no país, resultando uma movimentação de cerca de US$ 5 bilhões.
 
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