O laudo toxicológico realizado no corpo do lutador Ryan Gracie, falecido em 15 de dezembro no 91º Distrito, zona oeste, São Paulo, revelou que o lutador teve morte ‘não natural’, provocada pela mistura de maconha e cocaína com um coquetel de medicamentos.

De acordo com o documento, Grace recebeu um coquetel com os seguintes compostos: midazolan, alprazolan, prometazina, clozapina, haloperidol. Os medicamentos foram aplicados no lutador, depois de preso. O laudo ainda indica que as doses dadas foram terapêuticas.

O promotor que investiga o caso, Paulo D´Amico Jr., acredita que a combinação desses remédios é que foi o fator da morte e espera agora o laudo pericial dos legistas para denunciar o médico, que poderá responder por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Ryan foi atendido pelo psiquiatra Sabino de Farias Neto que se mostrou sensibilizado com o caso. "Estou triste porque eu fui para salvar vida”. O advogado do médico, Pedro Lazarini Neto, nega a culpa de seu cliente. "Os medicamentos não contribuíram para a morte de Gracie". Segundo Neto, a responsabilidade é do Estado. "Antes de chegar ao DP deveriam encaminhá-lo ao pronto socorro", disse.