Com a meta de dobrar o número de atendimentos a pessoas com deficiências, o Sistema Único de Saúde (SUS) planeja alcançar a meta de mais de duas milhões de próteses e órteses distribuídas gratuitamente por ano.

As estimativas foram apresentadas nesta quarta-feira, 12, em audiência pública promovida pelas Comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais do Senado. A reunião discutiu propostas para facilitar a locomoção de pessoas com deficiência nas cidades.

Segundo a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência do ministério, Érika Pisaneschi, o Programa Nacional de Órteses e Próteses faz parte das ações previstas no Programa Mais Saúde, também conhecido como PAC da Saúde.

“Terão prioridade as pessoas com deficiência que recebem o Bolsa Família e portadores de hanseníase que vivem em ex-colônias, além de crianças e adolescentes em processo de inclusão na rede de ensino”, declarou a coordenadora.

Para Ângela Canabrava, representante do Conselho Nacional de Direitos Humanos para Pessoas com Deficiência, o Brasil possui uma legislação para pessoas com deficiência que hoje é referência mundial, mas que não é cumprida. Para ela, a solução está na fiscalização. “Não tem como exigir o cumprimento da legislação sem fiscalizar”, criticou.

O censo demográfico de 2000 aponta que cerca de 3% da população possui dificuldade ou incapacidade visual, auditiva ou física, o que representa mais de 5,5 milhões de pessoas em todo o país.

Com informações da Agência Brasil.