Segundo o novo estudo de uma equipe internacional de cientistas, os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentam a um ritmo muito mais rápido do que indicado nas últimas previsões.

De acordo com o levantamento, desde o ano 2000 as emissões de CO2 que chegaram à atmosfera superam em 35% os cálculos da maioria das previsões de mudança climática utilizados até agora, segundo o jornal inglês ‘The Times’.

Estas conclusões trazem fortes implicações sobre as previsões sobre o ritmo de aumento das temperaturas do planeta. Elas significam que a mudança climática será mais difícil e mais trabalhosa de ser controlada do que se pensava até agora.

Os relatórios divulgados em fevereiro, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), previu que as temperaturas do planeta aumentariam até 6,4 graus centígrados nos próximos 100 anos. Ainda de acordo com o novo estudo, o uso ineficiente dos combustíveis de origem fóssil é tido como a causa principal do aumento das emissões e atribui o fenômeno em grande medida às novas centrais térmicas de carvão construídas na China e na Índia.

Em 2006, as emissões globais de C02 atingiram um volume de 9,9 bilhões de toneladas, o que representa um aumento de 35% em relação aos níveis de 1990.

De acordo com a ONG Save the Children, todos os desastres causados pelas mudanças climáticas, entre secas e chuvas torrenciais, farão com que em 2010 haja no mundo todo 50 milhões de "deslocados ambientais", na maioria mulheres e crianças.

Na última quarta-feira, 17, foi apresentado, em Madri, por Bianca Jagger; pelo diretor da Unidade de Infância,  o relatório "Um futuro de catástrofes? O impacto da mudança climática na infância", que trás em sua conclusão a estimativa de aproximadamente 350 milhões de pessoas serão afetadas por desastres naturais anualmente durante a próxima década.