O governo da Austrália proibiu a venda de um antiinflamatório brasileiro acusando o medicamento de ter provocado a morte de duas pessoas e levado outras duas ao transplante de fígado. O Prexige, conhecido como lumiracoxibe, é bastante utilizado no Brasil. Segundo o laboratório fabricante, a Novartis, duas pessoas tiveram problemas de fígado decorrentes do uso do medicamento.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, ela foi notificada pelo governo australiano e solicitou mais informações à Novartis. A Anvisa informou que só tomará uma decisão depois de analisar as informações.

Segundo a Anvisa, nos casos ocorridos no Brasil, os pacientes já tinham problemas hepáticos e faziam uso simultâneo de diversos tipos de remédio, o que pode ter ajudado no aumento da quantidade das enzimas hepáticas. Num dos casos, o paciente ingeria quatro vezes a dose prescrita.

“A Novartis acredita no risco/benefício favorável do medicamento quando utilizado conforme a bula”, informou o laboratório.

O Prexige é indicado para o tratamento da artrite reumatóide e da dor aguda, entre outros problemas. No Brasil, foi lançado em 2005 e detém 5% do mercado nacional de antiinflamatórios. 

Com informações da Agência Estado.