Eles são mais de 4.000, provenientes de 21 escolas públicas de 11 municípios do interior do Estado. Inspirados no clima dos Jogos Pan-americanos 2007, crianças e adolescentes do Programa Segundo Tempo no Agreste de Pernambuco praticam a cidadania.

O III Festival aconteceu no Campus Desportivo Tabosa de Almeida, no bairro Universitário de Caruaru, entre 20 e 26 de julho. 82 monitores supervisionaram as atividades lúdicas, físicas e culturais do Projeto, mantido pela Asces em parceria com o Ministério do Esporte. A iniciativa conta também com a participação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica) e da Universidade Federal de Pernambuco – Campus Agreste.

Túlio Machado, estudante de Direito, participou como voluntário do Festival  pela segunda vez: "Gosto de saber que estou fazendo parte da construção de personalidades. Essas crianças que estão aqui se divertem e durante o tempo em que estão no Programa, demonstram ainda mais sua felicidade. Isso me dá uma sensação de dever cumprido", declarou. O aluno Ricardo Ferreira, 11, da Escola Municipal Maria da Glória Oliveira Aguiar, situada em Brejo da Madre de Deus, confirma: "É muito melhor do que estar em casa. Aqui nós fazemos amigos e brincamos muito. O Segundo Tempo é a melhor coisa do mundo".

Os alunos especiais da Escola do Rotary também marcaram presença. Ao todo, 60 deles estiveram presentes em diversas atividades. Kalyne Oliveira Calado, oito anos, preferiu os exercícios de ginástica: "É tudo muito divertido. A gente acaba imitando as ginastas do Pan. Damos cambalhotas, andamos na trave e fazemos um monte de coisa interessante", comentou.

Coordenadora do Projeto, a professora Ana Lorenzini faz sua avaliação: “Nessa terceira edição do Festival temos absoluta certeza que ele fica sempre melhor, bem como conta a participação de sempre mais gente”. Adjair Pacheco, coordenador do núcleo localizado na Escola Municipal Professor Luiz Pessoa, em Caruaru, confirma: “Percebo que o Programa tem uma função social importante ao oferecer atrativos a crianças que poderiam estar ociosas em suas casas ou até mesmo na rua. Ver o resultado dessas ações é gratificante como profissional e como pessoa”, concluiu.