Enquanto a Europa e a Nasa se unem para fazer telescópio que será o sucessor do Hubble, a Agência Espacial Brasileira, AEB, apresenta tecnologia que poderá reduzir em até dois terços os custo de fabricação dos satélites nacionais.

O Telescópio Espacial James Webb, sucessor do Hubble, terá os custos de produção divididos entre Nasa e a Europa. A sonda deve ser lançada em 2013 e custará cerca de US$ 3,5 bilhões. Com uma lente primária de 6,5 metros de diâmetro, contra os 2,4 metros do Hubble. Ele será colocado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, em uma direção oposta ao Sol e servirá como o telescópio espacial, fornecendo imagens para a astronomia mundial.

Pensando em deter uma parte do rentável mercado internacional de lançamentos comerciais, a AEB prevê o lançamento do foguete ucraniano Cyclone-4 e o satélite Amazônia 1, que deverá ser lançado em 2010 e servirá para monitorar a ação do homem na floresta amazônica.

O projeto faz parte de transformar a base de Alcântara, no Maranhão, em lançador de satélite, até 2010. O módulo chamado de Plataforma Multimissão (PMM), permitirá a construção de diversos satélites a partir de uma estrutura comum.

Comparada ao chassi do satélite, essa plataforma cabe em vários tipos de foguetes lançadores e serve como base para os tipos mais variados de carga – seja uma câmera para monitorar os desmatamentos na Amazônia ou um equipamento para fazer previsões meteorológicas.

“A principal vantagem da plataforma será trazer versatilidade aos satélites brasileiros”, apontou o engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Mário Quintino, coordenador do Projeto Plataforma Multimissão. Segundo ele, outra melhoria trazida pela PMM será a redução de custos na fabricação de satélites, já que o novo módulo será sempre o mesmo, independentemente da carga acoplada a ele.

O engenheiro acrescentou que essa tecnologia é essencial para trazer agilidade ao programa espacial brasileiro, que pretende lançar um satélite por ano de 2010 a 2020.

Com informações da Agência Brasil.