O estudante de licenciatura que participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) tem a oportunidade de, já no primeiro período do curso, manter contato direto com as escolas públicas e sua realidade. Orientados pelos professores nas escolas e pela coordenação institucional do programa, eles participam de uma formação que une a teoria e a prática e os capacita em dobro para o ensino, indo além da grade curricular do curso e das disciplinas obrigatórias de estágio.

A importância do programa para a comunidade escolar é uma tríade de formação, que envolve o professor supervisor, os estudantes da escola e os estudantes da universidade. “Essa formação faz toda a diferença porque todos aprendem ao mesmo tempo e todos ganham muito com isso”, resume a professora Ana Paula Figueirôa, que coordena o Pibid na Asces-Unita. Ela conta que os estudantes assumem uma perspectiva de mudança e depois de formados vão para as escolas com experiência e mais seguros.

As instituições de ensino superior participantes do Pibid são escolhidas pela Capes, após publicação de edital e inscrição de projetos, a partir de uma avaliação de indicadores e da análise de mérito. No edital atual, a Asces inscreveu estudantes da licenciatura em Educação Física. “Nós alcançamos uma pontuação maior que a de algumas universidades federais”, comemora Ana Paula.

É o governo federal quem escolhe as escolas que vão receber o Pibid e a Residência Pedagógica. Os estudantes bolsistas têm que cumprir carga horária de 20 horas semanais, indo duas vezes à escola e uma vez por semana, às sextas-feiras, participam de reunião na Asces, para avaliação das ações, também ouvem palestras e recebem cursos de formação. O edital dos discentes tem pré-requisitos que vão da pontualidade, à assiduidade e à responsabilidade com a vida acadêmica e a vida profissional futura.

Além disso, os estudantes participam de eventos acadêmicos internos e externos. “Esse aluno sai da Asces um professor formado e vai fazer total diferença no mercado, porque está preparado para a docência e para a vida acadêmica”, destaca Ana Paula. “A formação Pibid de um aluno Asces é integral. E eles têm uma identidade com a escola pública porque muitos são oriundos dela. As escolas privadas acabam dando preferência, na contratação, aos nossos alunos que participaram do Pibid”, revela.

Entusiasta do programa, a professora Ana Paula define o Pibid como uma possibilidade de fazer diferença na sociedade, levando transformação à educação básica. Também envolve um sentimento de afetividade. “É muito além de uma bolsa. Os estudantes querem estar no Pibid pela experiência que adquirem. Alguns professores supervisores nas escolas são ex-alunos nossos que também participaram do programa”. O que motiva tanto trabalho e responsabilidades, segundo Ana, “é saber que isso fortalece a educação e, fortalecendo a educação, há a possibilidade de transformação social”, reflete.