Neste momento, acontece a mesa redonda “Atuação do Educador Físico e do Fisioterapeuta no Núcleo de Apoio à Saúde da Família – (Nasf)" , como parte da programação do V Congresso de Educação Física e Fisioterapia da Faculdade Asces.

A professora Patrícia Araújo Bezerra, do Ministério da Saúde, iniciou os debates da mesa contando um parte da sua experiência de trabalho com o Nasf e explicando algumas das características gerais desses núcleos, dando ênfase às possíveis atuações do fisioterapeuta e do profissional de Educação Física no atendimento à população.

Quanto às práticas de reabilitação, ela exemplificou atividades como realizar visitas domiciliares para orientações, adaptações e acompanhamento, especialmente para indivíduos restritos ao leito ou ao domicílio que requerem cuidados diversos. Outra ação possível é assistir usuários com necessidades de reabilitação e propor a intervenção adequada a cada caso, considerando a avaliação funcional e sócio-familiar, os objetivos a curto, médio e longo prazo e os recursos disponíveis.

Já sobre práticas corporais e atividades físicas, é útil elaborar e acompanhar programas de exercícios, incentivar a adoção de estilos de vidas ativos e saudáveis, através de palestras, ações educativas, eventos temáticos e oferta de programas de atividades físicas. Também é proveitoso utilizar as atividades físicas e eventos como espaço de convivência e interação entre comunidade e equipe, além de estratégia de mobilização social e exercício de cidadania.

Patrícia explicou que o objetivo da implantação dos Nasfs é aumentar efetivamente a qualidade da Atenção Básica por meio da ampliação das ofertas de cuidado, através do aprimoramento daspráticas clínicas e da intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em âmbito individual quanto coletivo.

A atuação do Nasf pode se dar em todos os ciclos da vida (criança, adolescente, jovem, adulto e idoso) e que o mesmo dá ênfase à avaliação em áreas como condições crônicas, saúde mental, saúde da mulher, saúde da criança e reabilitação/pessoa com deficiência. Mesmo assim, também existe a atuação em áreas complementares como práticas integrativas e complementares, abordagem dos riscos coletivos à saude, alimentação e nutrição, saúde do trabalhador, práticas corporais e atividades físicas.

Ainda nesta programação, a professora Fabiana Oliveira (CPqAM/FIOCRUZ) comentou sobre sua experiência também nesta área, dando ênfase às ideias criativas para incentivar a população a procurar o atendimento de saúde.

Ela destacou o apoio matricial, que pode ser assistencial, com efeitos diretos na área clínica e técnico- pedagógico, que produz ação de apoio educativo com e para a equipe; salientando que o aspecto chave no processo de trabalho é uma construção compartilhada, não apenas com a própria comunidade, mas também com seus “líderes”, principalmenbte religiosos, que têm uma grande influência junto à população.

Finalizando este momento, o professor Flávio da Guarda (CAV/UFPE) trouxe um olhar focado para as questões das atividades físicas, e combate ao sedentarismo, sempre voltando-se à àrea do atendimento nos  Núcleos de Apoio à Saúde da Família.