Depois de dois dias de competições em cinco diferentes modalidades, a organização dos Jogos Paraolímpicos da Faculdade Asces comemora inúmeras conquistas: o aumento do número de medalhas, o elevado nível dos participantes e as lições deixadas pela superação dos paratletas.

Participaram da competição um vasto grupo com diferentes idades, entre 15 e 50 anos, e com comprometimentos causados por paralisia cerebral, traumatismo medular e amputados. No Brasil, segundo dados do IBGE, 14,5% da população tem algum tipo de comprometimento, ou seja, 24,5 milhões de pessoas.

Para o professor Gilberto Martins, idealizador e coordenador do Proted (Projeto de Extensão Universitária Prática e Treinamento de Pessoas com Deficiência), um dos grandes diferenciais da edição 2011 está sendo a criação da Associação Nordestina de Esportes Adaptáveis. “Durante o Congresso Técnico dos Jogos nós apresentamos a proposta e nós esperamos agora que as equipes levem para as suas cidades a idéia para a efetivação desta associação que objetiva a promoção da inclusão social a partir do desporto”, comemora Martins.

Os reflexos do evento também são apontados pela presidente da Apodec (Associação dos Portadores de Deficiência de Caruaru), Rosemere Silva. “Nós já percebemos os atletas melhoraram da primeira para a segunda edição. Além disso, a competição é um lugar ideal para a descoberta gradativa de talentos e das aptidões dos participantes, afinal de contas, esse processo de descoberta é muito importante”, disse ao complementar a sua fala destacando que “nós ganhamos muito com os jogos e o projeto da Asces, mas tenho certeza, que quem é mais beneficiado é o estudante.

Para Denilson Souza, que já participou de diversas competições internacionais e conquistou recentemente o terceiro lugar no campeonato brasileiro de halterofilismo (2010), a organização do evento da Asces não deixa a desejar em nada. “A receptividade, o olhar atento para o nosso grupo e todo profissionalismo que vi aqui só fazem a gente acreditar que nos próximos anos esse projeto vai ganhar mais e mais reconhecimento social”, disse.

Organizações participantes
UFPB/APODEC/ADM-PE/APAE Agrestina.