Na linda Campina Grande- PB, reside um grande amigo e colega, chamado Rodrigo de Araújo Rodrigues. A quem, carinhosamente o chamo de “Alberto Roberto” plagiando aquele personagem do famoso Chico Anísio. Pessoa dotada de grande inteligência, honesto, excelente profissional e figura humana ímpar. Pois bem. Há alguns anos atrás o jovem Paraíba contraiu núpcias. Foi um dos casamentos mais badalados da rainha da Borborema. Terminada a cerimônia, fomos ao Buffet para cumprimentar os nubentes e é claro, fazer uma boquinha no comes e bebes. Lá pras tantas, quando procuramos o casal, era tarde demais,pois haviam fugido para a tão esperada lua de mel, que aconteceu na capital cearense. Após dois dias, resolveram dar uma folga e finalmente sairam do quarto para um jantar a beira-mar na terra de Iracema. Estavam tranqüilos e felizes, saboreando um fino vinho acompanhado de apetitosos camarões, quando de repente aparece um camelô. Daqueles que carregam uma valise à tira-colo cheia de produtos “importados” dentre os quais o tão cobiçado das mulheres, perfume francês.Quando a madame ouviu o cara oferecer o tal produto, não se conteve e começou a pressionar o maridão para que comprasse logo antes que o vendedor deixasse o recinto.

– Quanto custa ?
– Perguntou o Paraíba.
– Cento e cinqüenta reais cada e só tem esses dois doutor. Isso é um produto que não pára. É legítimo e todo mundo quer.
– Compra, bem, compra… disse a madame.
– Tá caro… retrucou o maridão.
Enquanto isso o camelô fazia a maior cena. Olhava para um lado, para o outro, procurando ver se tinha algum fiscal observando. Fechava a valise, abria, aquele jogo de cena que eles sabem fazer muito bem.
Depois de muito diálogo e insistência, finalmente foi fechado o negócio. Comprou os dois por setenta reais. Agora, doutor, não abra aqui não, porque pode ter algum fiscal observando e eu posso ir preso.
De imediato a madame mandou que ele pedisse a conta e partiram para o hotel. Ela ansiosa para usar o produto, chegou foi direto ao banheiro, voltou já de camisola e pronta para tomar outro banho, agora de perfume francês. Sentou-se à cama, a carinhosamente começou a desembrulhar o presente. O Paraíba que ainda estava no banho, tomou o maior susto, quando ouviu a patroa gritando aos prantos. Correu enrolado numa toalha, apavorado e perguntou:
– O que foi que houve, bem ?…
– Ela mais chorosa ainda, respondeu: O perfume francês, é AL-FA-ZE-MA….