Fazer com que a roda da economia gire de maneira mais sustentável e equilibrada socialmente é o tema das discussões que serão realizadas no Congresso Internacional de Cidadania Empresarial, que começa hoje e segue até amanhã no Mar Hotel, em Boa Viagem. Atualmente há quatro bilhões de pessoas de baixa renda no mundo que juntas compram cerca de US$ 500 bilhões por ano. No evento serão discutidas formas de incluí-las na economia de uma maneira que não gere mais desequilíbrios sociais, o que pode ser feito através dos chamados negócios inclusivos

No Congresso serão apresentados casos de sucesso no Brasil, Argentina, Estados Unidos e Colômbia. Os exemplos mostram que promover a inclusão social e a geração de empreendimentos sustentáveis é um bom negócio. Nos Estados Unidos, por exemplo, pelo menos 25% das empresas já demonstram conviver de forma mais coerente com as demandas mundiais.

A principal delas é a sustentabilidade. O assunto merece atenção não só das indústrias civil, automotiva ou setores químicos, por exemplo. No segmento de Turismo, que chega a ser responsável por 3,5% do PIB brasileiro, os recursos naturais são seu principal diferencial. Daí o crescimento da modalidade do Turismo Comunitário, assunto que será debatido pela palestrante Cecília Zanotti, do Projeto Bagagem.

Há ainda os negócios inclusivos, onde há uma preocupação não só com o lucro e resultados, mas a geração de produtos e serviços de maneira que realiza a inclusão social no seu processo.

Por fim, há o comércio justo, cuja fórmula da lucratividade é substituída por práticas que levam à inserção de grupos produtivos no mercado, o preço justo, a transparência das relações com produtores, a igualdade entre homens e mulheres e a defesa das crianças no trabalho infantil.