Passado o pior momento da crise, a economia mundial ainda se depara com uma série de riscos e muitos ajustes a fazer. Para debater os desdobramentos da turbulência mais grave desde a Grande Depressão e o futuro formato da arquitetura financeira global, mais de 2,5 mil representantes de 90 países se reúnem entre hoje e domingo em Davos, na Suíça, para a 40ª edição do Fórum Econômico Mundial.

Não faltam motivos de preocupação para os participantes do encontro. A reforma do sistema financeiro internacional, os grandes déficits fiscais agravados pela crise, a política monetária dos principais bancos centrais, os efeitos da bolha especulativa na China, a escalada do desemprego e a reconstrução do Haiti devem concentrar as atenções.

Neste ano, o tema do encontro é: “Melhorar o Estado do Mundo: Repensar, Redesenhar, Reconstruir”. O Fórum parte do princípio de que as instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial não podem mais lidar com os desafios recentes. Nessa onda de reavaliação sobre o que levou a economia global para tão perto do fiasco, a reformulação da atividade dos bancos ganha mais destaque, diante das propostas feitas pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

O objetivo de limitar o tamanho e a tomada de risco das instituições financeiras norte-americanas já provoca grandes debates no cenário internacional e esses temas estarão também presentes em Davos. A imprensa estrangeira, aliás, diz que figurões do setor financeiro voltarão a circular neste ano na famosa estação de esqui na Suíça e aproveitarão para fazer um lóbi discreto contra a reforma de Obama.

Fonte: JC Online