Será testado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco um projeto-piloto para monitorar eletronicamente detentos do sistema carcerário do Estado. Dentro de 15 dias, cerca de 20 reeducandos do regime semi-aberto das penitenciárias AgroIndustrial São João (PAISJ), na Ilha de Itamaracá, ou de Canhotinho, no Agreste do Estado utilizarão pulseiras ou tornozeleiras eletrônicas, as quais permitiriam o controle e a localização dos presos.

De acordo com as propostas enviadas ao governo, um kit de serviços para o monitoramento pode chegar a custar cerca de R$ 7 mil para cada preso. Para o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado, Roldão Joaquim, a medida vai desafogar o sistema carcerário de Pernambuco. Segundo ele, contudo, nada ainda foi definido. "Precisamos ainda passar por uma fase experimental e, com isso e o levantamento de custos em mãos, poderemos levar a proposta ao Governador e esperar uma decisão", explica.

Para ser colocado em prática, o projeto de monitoramento eletrônico de detentos ainda precisaria ser colocado em licitação. Pernambuco possui, hoje, uma população carcerária de cerca de 17 mil detentos.

EXTENSÃO – No entendimento do secretário de ressocialização do Estado, Humberto Vianna, além dos detentos do regime semi-aberto, presos na condição de não-sentenciados também poderiam utilizar o sistema de monitoramento eletrônico. "Essa seria uma forma de desafogar o sistema penitenciário, já que os presos provisórios representam 60% da população carcerária. Eles, em geral, são detentos de menor potencial ofensivo", afirmou.

Com informações do Jornal Diário de Pernambuco.