A associação do antibiótico moxifloxacina (MOX), utilizado em casos de pneumonia, às drogas já utilizadas contra a tuberculose vem mostrando resultados promissores na redução do tempo de tratamento da tuberculose, de seis meses para dois meses. Essa é a principal conclusão da pesquisa que está sendo desenvolvida no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com os pesquisadores, a duração da terapia é a principal razão para o abandono do tratamento e conseqüente descontrole da doença, já que o organismo cria resistência aos medicamentos.

Os resultados são demonstrados da seguinte forma: 85% dos casos tratados com o antibiótico MOX ficaram curados em oito semanas. No grupo que usou placebo ou drogas convencionais, apenas 68% atingiram esse índice no mesmo tempo.

“Já na quarta semana, o grupo que estava tomando MOX apresentou taxa de conversão de positivo para negativo de 51%, quase o dobro do grupo-controle, que alcançou a taxa de 29%, o que nos mostra que a associação com esse antibiótico matou mais bactérias numa velocidade muito maior do que o tratamento convencional”, disse Conde.

A DOENÇA
A tuberculose é transmitida pelo ar. O risco aumenta em ambientes fechados e em contato próximo com pacientes infectados com o Bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, são 50 milhões de contaminados, 111 mil novos casos e 6 mil óbitos por ano.