O inquérito aberto pela Polícia Federal sobre os desvios de verbas da Assembléia Legislativa de Alagoas está causando repercussão na política nacional. O delegado Janderlyer Gomes da Silva, que preside o inquérito da PF confirmou que as gravações telefônicas gravações estão entre as provas usadas para indiciar deputados estaduais. Dos 27 parlamentares de Alagoas, 12 já foram indiciados, incluindo cinco integrantes da Mesa Diretora.

Segundo a PF, deputados da Assembléia Legislativa de Alagoas teriam usado recursos públicos para comprar casas e carros de luxo. O valor estimado do rombo causado pelo grupo se aproxima de R$ 280 milhões.  Os parlamentares aumentaram em 206% as despesas com pessoal para "sugar mais lucros em favor deles próprios". Todo o esquema foi denunciado após gravações telefônicas e movimentações bancárias.

Nas gravações, autorizadas pela justiça, são apontados deputados, servidores da Assembléia e laranjas negociando a compra de carros, uma mansão no condomínio Aldebaran (um dos metros quadrados mais caros de Alagoas) por R$ 700 mil, além de empréstimos bancários, tudo pago com dinheiro da Assembléia.

Polícia Federal ouvirá nos próximos dias o presidente afastado da Assembléia Legislativa do Estado, Antônio Albuquerque (DEM), apontado como líder do esquema. O escândalo veio à tona em dezembro, com a Operação Taturana.