Em carta publicada nesta terça-feira, 19, no jornal oficial do Partido Comunista Granma, o chefe de Estado cubano, Fidel Castro, anunciou que não reassumirá o cargo, depois de quase 19 meses afastado por problemas de saúde. Ligado ao Partido Comunista, o ex-ditador manteve-se no poder desde a revolução de 1958.

“Aos meus queridos compatriotas…eu digo que não aspirarei ou aceitarei, eu repito, eu não aspirarei ou aceitarei as posições de presidente do Conselho de Estado e de comandante-em-chefe”, afirmou Castro.

No próximo domingo, 24, acontece em Cuba, a reunião da Assembléia Nacional, na qual será escolhido o novo presidente do país. O candidato mais apontado para a sucessão é Raul Castro, general de 76 anos e irmão de Fidel. Considerado a mão direita do ditador durante os últimos 49 anos, Raul substitui o líder cubano interinamente há um ano e meio.

Fidel Castro estava afastado da liderança do Estado cubano desde julho de 2006, quando se submeteu a uma cirurgia de emergência para interromper uma hemorragia intestinal. Já em janeiro de 2008, já aos 81 anos, ele concorreu e ganhou acesso a uma das 614 cadeiras na Assembléia Nacional, o que o permitiria voltar à Presidência do país. Porém, o anúncio feito nesta terça-feira, confirma que o ex-líder não suportaria a rotina frente ao cargo.