O assessor de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Geraldo Martins Dias, afirmou hoje que a entidade ainda não tem uma posição oficial sobre a atitude da Arquidiocese de Olinda, em Pernambuco, de recorrer à Justiça contra a decisão da prefeitura da cidade de distribuir, durante o Carnaval, o anticoncepcional de emergência, conhecido como pílula do dia seguinte.

Sobre as declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que criticou na semana passada a atitude da Arquidiocese de Olinda, de entrar na Justiça contra a distribuição do anticoncepcional, por ver nisso uma questão de saúde pública e não religiosa, padre Geraldo Martins Dias disse que não poderia se pronunciar, por não ter a função de porta-voz da CNBB.

Ele disse que para dar qualquer informação sobre o assunto, em nome da entidade, dependeria de consultar vários setores da CNBB, como seu presidente, dom Geraldo Lírio, arcebispo de Mariana e Primaz de Minas Gerais, bem como do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom Orlando Banis, que trata "dessas questões".

Sobre a ação do arcebispo de Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, de entrar na Justiça, para impedir a distribuição dos anticoncepcionais, padre Dias afirmou que é uma ação acompanhada pela CNBB, não havendo, até o momento, "nenhuma posição oficial da entidade". Se a Arquidiocese de Olinda ganhar a ação na Justiça, disse o assessor, a posição não será
seguida, em nível nacional pela CNBB, porque "a CNBB não vai recorrer à Justiça".

Com informações da Agência Brasil.

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