O tratamento de dependentes químicos no Brasil ocorre, principalmente, em instituições privadas ou ligadas a organizações não-governamentais (ONGs). É o que revela o Mapeamento das Instituições de Atenção às Questões Relacionadas ao Consumo do Álcool e Outras Drogas, divulgado parcialmente hoje (4) pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), no 1º Seminário Internacional da Rede de Pesquisa sobre Drogas.

Durante o estudo, feito em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), foram mapeadas 1.256 instituições com tratamento para dependentes químicos. Nas ONGs, o trabalho de redução de danos (orientação e encaminhamento) é realizado por voluntários (53,4%) e ex-usuários de drogas (45,4%).

“Agora nós temos um panorama nacional da configuração dessas instituições que oferecem tratamento para dependentes químicos. Nós sabemos como elas funcionam, com quais recursos humanos, recursos físicos e financeiros”, diz a coordenadora da pesquisa, Denise Bontempo.

De acordo com a secretária adjunta da Secretaria Nacional Antidrogas, Paulina Duarte, o mapeamento é importante para articular um rede de tratamento com instituições públicas e privadas. “Existem ONGs que recebem apoio financeiro de várias áreas do governo. O mapeamento vai nos ajudar na articulação entre a rede pública, a rede não-governamental e a privada", prevê a secretária.

Participam do 1º Seminário Internacional da Rede de Pesquisa sobre Drogas representantes dos departamentos de combate às drogas do Brasil, Portugal, Canadá e Estados Unidos. O 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool da População Brasileira também será tema de debate no evento.

Com informações da Agência Brasil.