Os índices de mortalidade infantil registraram a menor taxa da história desde que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) começou a fazer o registro. “Alcançamos um índice histórico. Em comparação aos quase 13 milhões registrados em 1990, a taxa do ano passado ficou em 9,7 milhões”, informou a diretora executiva da UNICEF, Ann M. Veneman.

De acordo com a diretora do Unicef, a maioria das mortes ocorre no continente africano, com 4,8 milhões, devido à propagação do VIH/SIDA, seguido do território asiático, com 3,1 milhões de crianças mortas.

De acordo com os dados analisados pelo fundo, a adoção de medidas como a suplementação de vitamina A, a instalação de redes de proteção contra mosquitos e a universalização de vacinas, beneficiam cada vez mais crianças nos países pobres.

Na África, a maior abrangência das campanhas de vacinação reduziu em 75% o número de mortes provocadas por sarampo. Os dados do Unicef baseiam-se em pesquisas conduzidas por governos de mais de 50 países entre os anos de 2005 e 2006. Entretanto, alguns especialistas questionam a interpretação feita pelo Unicef.

"Levando-se em consideração todos os meios disponíveis para garantir a sobrevivência de uma criança, não estamos sendo muito melhores no combate à mortalidade infantil do que há três décadas", opinou o doutor Christopher Murray, diretor do Instituto de Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Murray é o principal autor de uma pesquisa a ser publicada no jornal científico "The Lancet" que critica os métodos de coleta de informações usados pelo Unicef e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com informações da Agência Estado.