Esse é o alerta feito por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá. Segundo o estudo, existe uma tendência de relacionar o gosto do alimento à quantidade de energia calórica por ele produzida. Isso faz com que crianças se alimentem mais gerando um maior risco à obesidade.

De acordo com os pesquisadores, crianças podem desenvolver conexões distorcidas entre gosto e conteúdo calórico, levando à ingestão excessiva ao crescer.

Quando o experimento foi repetido com ratos um pouco mais velhos – com idades equivalentes à adolescência em humanos –, os resultados foram diferentes: os animais, posteriormente, não apresentaram a mesma tendência a comer em excesso.

Segundo os pesquisadores canadenses, ao contrário dos mais jovens, os adolescentes aprendem a relacionar mais corretamente a relação entre gosto e componente energético.

“É melhor que as crianças se alimentem de maneira saudável, com dietas bem balanceadas e com calorias suficientes para suas atividades diárias, do que ingerir lanches ou alimentos com poucas calorias”, disse Pierce. “Pais e profissionais de saúde devem estar cientes disso e de que a forma tradicional de manter crianças saudáveis e esbeltas, por meio de refeições bem balanceadas e exercícios regulares, é a melhor”, disse o sociólogo David Pierce, principal autor do estudo.