Pesquisadores do Laboratório de Farmacologia Neuro-Cardiovascular do Instituto Oswaldo Cruz, IOC, comprovaram algumas propriedades medicinais de uma planta semi-aquática brasileira utilizada pela medicina popular para tratar pacientes com pressão arterial. O alvo do estudo foi a espécie Echinodorus grandiflorus, encontrada em todo o Brasil e conhecida popularmente como chapéu-de-couro.

Após várias experiências in vitro e em cobaias animais foi descoberto os feitos farmacológicos do extrato da planta e foi constatado um potente efeito vasodilatador do composto, semelhante ao atingido pelo tratamento crônico tradicional da hipertensão arterial – resultado que os pesquisadores esperam verificar também em humanos.

Agora, os pesquisadores dependem da avaliação toxicológica do extrato do chapéu-de-couro, que analisará a toxicidade da planta e a ocorrência de possíveis efeitos adversos com o objetivo de definir a dose ideal a ser utilizada por um possível medicamento, para dar início aos estudos clínicos em humanos.

A pesquisa inspira-se na etnofarmacologia – ciência que estuda a utilização popular das plantas – e atende à prioridade do Ministério da Saúde para produção de fitoterápicos, medicamentos de fabricação simples e baixo custo que podem chegar mais rapidamente às prateleiras das farmácias.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Fundação Oswaldo Cruz.