Os cientistas mostraram-se animados com a descoberta. O novo sangue é feito com moléculas de plástico que têm um átomo de ferro no centro, que pode transportar oxigénio pelo corpo. Um dos pesquisadores, Lance Twyman, do departamento de Química da Universidade de Sheffield disse: "Estamos muitos entusiasmados acerca do potencial que este produto pode ter e as vidas que poderá salvar".

Entre os inúmeros benefícios que a descoberta apresenta estão: não precisar de refrigeração, o que permite uma maior conservação, ser leve e de fácil transporte. Os cientistas ainda defendem que exista a possibilidade de sua produção se tornar barata, estando os investigadores a tentar conseguir mais verbas para desenvolver um protótipo final que seria adequado para testes biológicos.

Para o Biomédico Fabrício Andrade, ainda há muito o que ser pesquisado em relação a uma amostra definitiva para a substituição do sangue. “O tecido sanguíneo é bastante complexo, são inúmeros nutrientes carregados por todo o organismo através do sangue. Nesse primeiro momento, só conseguiram transportar o oxigênio, ainda é preciso avançar muito nas propriedades da descoberta. Por isso a comunidade científica ainda está dividida”, comentou o professor que leciona as disciplinas de Banco de Sangue e Hemoderivados, na Associação Caruaruense de Ensino Superior, Asces.

Uma amostra do novo sangue está em exposição no Museu da Ciência, em Londres, integrada numa exposição sobre a história do plástico.