Desde que foi dado início a Operação Navalha da Polícia federal, um total de 47 pessoas já foram detidas e quatro já prestaram depoimento. A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, STJ, ouviu entre os citados na investigação da PF, o ministro Silas Rondeau, Minas e Energia.

Os outros suspeitos ouvidos foram o conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe Flávio Conceição de Oliveira Neto. Depois foram ouvidos o ex-deputado federal de Sergipe Ivan Paixão; o secretário de Infra-estrutura do Maranhão, Ney Barros Bello; e João Alves Neto, filho do ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM).

A Operação foi montada contra uma suposta quadrilha que fraudava licitações públicas para a realização de obras, como as previstas no PAC, Programa de Aceleração do Crescimento e no Luz Para Todos, ambas do Governo Federal.

O último acusado de envolvimento na quadrilha que estava solto era Zaqueu de Oliveira Filho, apontado como servidor público do município de Camaçari (BA) e integrante da suposta quadrilha. No despacho da ministra Eliana Calmon, que autorizou os mandados de prisão, ele é acusado de ter sido corrompido pelo esquema de máfia das licitações e envolver-se em episódios de direcionamento de recursos do Ministério das Cidades para execução de obras no município de Camaçari, numa fraude que envolveu a empresa Gautama.

Segundo o despacho ministra, ele solicitou por duas vezes, para ele e o prefeito de Camaçari, passagens aéreas e hospedagem em hotéis.