Parceria entre Brasil e Ucrânia garante insulina a menor preço para consumidores
Brasileiros que sofrem com diabetes do tipo 1 poderão receber gratuitamente a insulina recombinante até 2010. A expectativa é devido ao acordo científico firmado entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o laboratório estatal da Ucrânia. A parceria pretende produzir mais insulina, e a um preço mais barato, para os pacientes brasileiros.
O hormônio é essencial para a sobrevivência de cerca de 500 mil pessoas no Brasil, muitas vezes está além do poder de compra delas. O repasse de tecnologia permitirá a produção da chamada insulina recombinante, que é feita por bactérias usando a "receita" genética da insulina humana. Para manter estável o nível de açúcar no sangue, a insulina é essencial.
A parceria entre a Farmanguinhos e a Ucrânia surgiu em janeiro deste ano e os primeiros lotes, ainda produzidos na Ucrânia, foram encomendados pela unidade farmacêutica da Fiocruz. Até 2010, espera-se que a Fiocruz domine inteiramente a tecnologia para produzir insulina humana recombinante. Doze estados vão receber o produto, destinado apenas aos diabéticos que se inscrevem para receber o remédio de graça nas instituições públicas federais.
"A nossa entrada provocou imediatamente um recuo de quase metade do preço ofertado ao Ministério da Saúde nas duas últimas licitações. Isso dá uma economia anual de mais ou menos uns R$ 80 milhões", conclui Eduardo Costa, diretor da Farmanguinhos.