Os estudantes do 5º e do 10º períodos do curso de Direito ligados as disciplinas de Direito Processual Penal II e Direito da Criança e do Adolescente respectivamente realizaram visitas técnicas a órgão de Caruaru.

Os estudantes do 5º período diurno foram até o Ministério Público com o objetivo de entender a dinâmica, a responsabilidade das atividades realizadas pelos integrantes do Ministério e as principais dificuldades no seu desenvolvimento.

Foram apresentadas as instalações e oportunizou-se o contato com o corpo de funcionários, além de assistirem a uma palestra proferida pelos promotores Dr. George Pessoa e Dr. Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que também respondeu as dúvidas dos estudantes de maneira didática.

Já os estudantes do 10º período, estiveram na Funase, lá os futuros bacharéis em Direito conheceram a realidade de adolescentes em conflito com a lei no cumprimento da medida de internação.

Para a estudante Marta Rodrigues de Oliveira, conhecer aquela realidade a fez refletir sobre a condição social dos menores infratores. “Conhecer de perto a Funase me fez refletir sobre a realidade dos menores que lá estão. Tivemos a chance de conhecer o dia a dia de alguns adolescentes bem como de ouvi-los sobre suas expectativas em relação à vida e seus medos em relação ao futuro. A experiência nos emitiu ter um olhar mais crítico sobre a condição social do menor infrator assim como nos levou a refletir sobre as dificuldades de se implementar uma verdadeira ressocialização”, analisa Oliveira.

A professora responsável pelas visitas e que ministra as disciplinas, Kézia Lyra, comentou que essas atividades práticas levam os estudantes a ter contato com a realidade jurídica e sociológica das infrações. "A negligência estatal e social com a efetivação do sistema primário dos direitos e garantias da criança e do adolescente, que deveria ser proporcionado de forma intensa, acaba por apresentar direta correlação com a composição dos problemas que envolverão os adultos de amanhã. Lidar com esse público requer um olhar diferenciado, pedagógico e humano, por isso a necessidade de levar o aluno das ciências jurídicas a ter contato com essa realidade de abandono, de segregação e desestruturação", conclui Lyra.  

Nesta visita os estudantes conheceram as instalações, conversaram com os funcionários e ainda tiveram diálogos com adolescentes acusados da prática de atos infracionais graves.