Concurso de Roteiros Rucker Vieira
Este ano, o eixo temático proposto é "Africantos: histórias e memórias do povo afro-brasileiro", de modo a estimular produções audiovisuais que discutam a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. As inscrições seguem até o dia 30 de maio. O Edital e anexos encontram-se disponíveis no site www.fundaj.gov.br.
Serão selecionados dois projetos de roteiro, para a realização de dois documentários de 26 minutos cada, com prêmio de R$ 80 mil brutos. Os selecionados terão um ano para executar o projeto, que será exibido pela TV Brasil. O concurso conta com a parceria EBC/ TV Brasil.
Silvana Meireles, diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), da Fundação Joaquim Nabuco, afirma que o Rucker é um concurso que "chama a sociedade brasileira para trabalhar e produzir um tema como a cultura afro-brasileira e permite que esse material seja veiculado nas TVs e nas escolas, onde há uma defasagem de ensino na área. É um edital que vem se consolidando como prêmio de grande importância para a realização audiovisual com um importante teor pedagógico".
O Rucker Vieira é uma iniciativa da Massangana Multimídia Produções/ Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Artes (MECA), da Fundaj , que seleciona e fomenta anualmente projetos para a realização de documentários. Ao longo de dez anos de existência, contemplou 18 filmes, que tratam de diversos temas, entre os quais a questão ambiental, aspectos históricos e momentos da cinematografia brasileira.
Em 2012, o tema do concurso foi "Nordestes emergentes". Foram 71 projetos inscritos, dos quais 45 da região Nordeste, 21 do Sudeste, três do Sul, um do Norte e um do Centro Oeste. Foram selecionados os roteiros de "Aracati", Julia de Simone (RJ); "Canavieiros", Andréia de Arruda Ferraz (PE); e "O Touro", de Larissa Figueiredo (DF).
DVD Coleção Rucker – Vol. 1.
A Massangana Multimídia Produções lançou o DVD Coleção Rucker – Vol. 1., com os documentários finalizados até a quinta edição. São nove curta-metragens: “Recife 3×4”, de Janaína Freire; “Gangarras do Bandeira”, de Lulla Clemente e Cátia Oliveira; “Quando a Maté Encher”, de Oscar Malta; “Árvore Sagrada”, de Cléa Presbítero; “O Artesão dos Sonhos”, de Petris Pires e Paulo Hermida; “Verde Terra Prometida”, de Cláudia Kahwage; “Vigias”, de Marcelo Lordello; “Janela Molhada”, de Marcos Enrique Lopes; e “As Aventuras de Paulo Bruscky”, de Gabriel Mascaro. O segundo volume está em fase de finalização e será integrado pelos seis documentários produzidos na sexta, sétima e oitava edições.
Quem foi Rucker Vieira (1931-2001)
Rucker Vieira atuou como diretor de fotografia nas décadas de 1960-70 e foi um importante expoente da cinematografia do Brasil. Trabalhou em Aruanda (1960), filme dirigido pelo paraibano Linduarte Noronha, que inaugurou o cine-documentário brasileiro. O fotógrafo apresentava uma proposta inovadora, com o uso de luz crua, sem rebatedores ou refletores. Foi um dos principais responsáveis pela estética do Cinema Novo e trabalhou diretamente com Fernando Spencer e Amin Stepple. De acordo com o professor e pesquisador Alexandre Figueirôa, Rucker "era um documentarista intuitivo, sabia flagrar o detalhe correto. Mesmo filmando com equipamento precário, ele encontrava soluções para suprir as deficiências e mostrava a pobreza, a miséria e a aridez do Nordeste com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, mais tarde retomadas no Cinema Novo".
Informações:
Massangana Multimídia Produções
Diretoria de Memória, Educação Cultura e Arte
Fundação Joaquim Nabuco
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Telefones: 81 – 3073.6710/3073.6729
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