O Projeto Para ver, refletir e praticar o cinema: oficinas de cineclubismo no Agreste PE teve início em 2013 com a proposta de enriquecer a cultura audiovisual no Agreste e democratizar a relação entre o público e o cinema. Oficineiras e oficineiros filiados à Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec) se propuseram a facilitar 15 encontros que abrangem escolas da rede pública, espaços culturais, Ponto de Cultura e também em movimentos sociais para ajudar a compreender e refletir o cinema, além de estimular a prática cineclubista e a formação de cineclubes nos espaços das oficinas.

Na primeira fase do projeto, que aconteceu de outubro a dezembro de 2013, já foram realizadas 8 oficinas, com públicos que tecem um mosaico cultural muito diverso. As oficinas se deram em locais desde escolas públicas estaduais e municipais no meio urbano, como as Escolas Dom Vital e Nelson Barbalho, em Caruaru, a escolas e centros de formação em zonas rurais, como a escola Manoel Teodoro na Serra dos Ventos, em Bezerros, e o Assentamento Normandia do MST, em Caruaru. Houve ainda a participação de jovens e adultos através de espaços como o Centro Cultural José Nivaldo, em Surubim, e a escola estadual Gregório Bezerrajunto aos reeducandos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, também em Caruaru.

Para o segundo ciclo, que acontece entre fevereiro e abril de 2014, essa diversidade de público e espaços também está garantida. Esse ano trará a participação das mulheres trabalhadoras rurais do MMTR-NE (Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste), do Ponto de Cultura Teatro Experimental de Arte (TEA), além de duas escolas da rede municipal e uma da estadual, todas em Caruaru. A primeira oficina do ano aconteceu em Taquaritinga do Norte, durante o Criancine (Festival de Cinema Infantil), nos dias 10 e 11 de fevereiro. A próxima será realizada no TEA, nos dias 22 e 23 de fevereiro. Tacaimbó e Agrestina também estão contempladas neste ciclo do projeto. No total, estão previstas 7 oficinas com aproximadamente 25 participantes cada.

De acordo com o Artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN/1996), um dos princípios para a realização do ensino nas escolas é a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”, o que está em consonância com a filosofia e prática cineclubistas. Segundo Cristovam Buarque, “O cinema é a arte que mais facilidade apresenta para ser levada aos alunos nas escolas”, e que “os jovens que não têm acesso a obras cinematográficas ficam privados de um dos objetivos fundamentais da educação: o desenvolvimento do senso crítico”.

O Projeto Para ver, refletir e praticar o cinema parte dessa proposta constrói novas relações entre o público e o cinema. Vem ainda reparar um desequilíbrio de Pernambuco: Atualmente, dos 90 cineclubes filiados à Fepec, 45 estão concentrados na Região Metropolitana. Também é importante fazer um resgate histórico do cineclubismo em Caruaru: no final dos anos 1970 e início dos 1980, esteve em cena o Cineclube Lumière, que teve entre seus integrantes o cineasta Cláudio Assis. Agora, as oficinas vão dar fôlego novo às relações afetivas com a sétima arte em toda a cidade. 

OFICINA CARUARU:

Local: Teatro Experimental da Arte (TEA)

Data: 22 e 23 de fevereiro

Hora: 22/02 (sábado), das 08h:00  às 12h:00 e das 14h:00 às 18h:00

           23/02 (domingo): das 09h:00 às 13h:00

Público Alvo: Estudantes, professores, arte educadores, cinéfilos;  Freqüentadores e gestores de espaços culturais, escolas, associações, Pontos de Cultura, cineclubes; Interessados em conhecer, trocar conhecimentos e criar   um cineclube na sua localidade.

Faixa Etária: A partir de 14 anos

Número de Vagas: 25 pessoas

Carga Horária: 12 horas

As inscrições ainda estão abertas e a oficina é gratuita! Entrega de certificados de participação.

Inscrições: 3136-2711/3026 (diretamente no TEA)

Fonte: FEPECfiliados