Melhor atendimento para portador de síndrome de Down
RIO DE JANEIRO (ABr) – O Ministério da Saúde lançou, ontem, as Diretrizes de Atenção a Pessoa com Síndrome de Down. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apresentou o documento no Rio de Janeiro, o objetivo é ampliar o conhecimento dos profissionais de saúde acerca da doença, a fim de melhorar o atendimento médico a pacientes que tenham a síndrome.
“É como se fosse um protocolo, um manual para que os profissionais de saúde saibam como diagnosticar, lidar e acompanhar pessoas que têm síndrome de Down. Eles passam a ter uma orientação clara do Ministério da Saúde. É muito importante que os profissionais de saúde saibam, por exemplo, que, às vezes, (os portadores da síndrome) são pessoas que têm tendência à obesidade, que são pessoas que têm mais propensão a ter problemas do coração”, explicou Padilha.
As diretrizes, cujo documento pode ser baixado do site do ministério, contêm informações sobre os efeitos da síndrome desde a infância até a idade adulta, os cuidados necessários em cada fase da pessoa, o histórico da doença e até a melhor forma de lidar com os pais e os pacientes. A mãe de Beatriz, uma menina de 2 anos que tem Down, Maria Antônia Goulart começou um projeto chamado Movimento Down depois de perceber que faltavam informações sobre a doença. “Muitas vezes, a gente não sabe o que fazer nem a hora que tem que fazer e acabam ficando muito na autoajuda, sem orientações claras de como proceder”, disse. Segundo ela, ainda há muito a ser feito no País, principalmente na estruturação da rede de atendimento a pessoas com deficiência.
Além das diretrizes, ainda foi lançada uma cartilha voltada às próprias pessoas com síndrome de Down, também disponível no site do Ministério da Saúde. Em linguagem simples, a cartilha apresenta a síndrome e mostra os efeitos que ela tem na vida de cada um. O ministro Alexandre Padilha informou que o ministério divulgará também diretrizes para outros tipos de deficiência, como paralisia cerebral, autismo e deficiências físicas decorrentes de traumas. Segundo ele, há um esforço do governo, por meio do Plano Viver sem Limites, de melhorar as redes de saúde e assistência social para atender a essas pessoas.
Fonte : Folha de Pernambuco