O Ministro da Educação, Fernando Haddad, reuniu nesta terça-feira (8), em Brasília, cerca de 50 representantes de instituições privadas e comunitárias de ensino superior de todo o país para discutir projetos como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. A preocupação se dá tendo em vista que cerca de 13% dos jovens chegaram às Universidades brasileiras, mas a meta do Plano Nacional de Educação era de que, nos últimos anos, este percentual fosse de 30%.

O vice-presidente da ABRAFI (Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas) e Membro do Conselho Estadual de Educação (PE), Prof. Paulo Muniz participou do encontro com o ministro. Para ele, o Ministério precisa oferecer mais informações às instituições e aos estudantes interessados sobre os benefícios e programas que poderão facilitar o acesso desses jovens às graduações sejam os bacharelados ou as licenciaturas, isso porquê, “atualmente no país o setor privado detem 75% das vagas de graduações”.

Há uma possibilidade das instituições de ensino superior aderirem ao recém criado Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), visando aumentar o acesso dos estudantes ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O novo mecanismo elimina a necessidade de o estudante ter um fiador para participar do programa.

Segundo o vice-presidente da ABRAFI, há interesse por parte das instituições em participar do Fgeduc, “contudo ainda há um certo desconhecimento de como funciona”. O MEC planeja realizar seminários regionais para informar as instituições e aumentar a adesão.

Além de melhorar o diálogo com as instituições, Haddad acredita que é necessário informar melhor os estudantes sobre as possibilidades oferecidas pelo programa. O Fies permite, por exemplo, aos alunos de curso de licenciatura, o abatimento da dívida se o estudante trabalhar em escola da rede pública após a formatura. Cada mês trabalhado abate 1% da dívida, sem que haja necessidade de pagar pelo financiamento. Segundo o MEC, dos 800 mil alunos que se candidataram a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e não conseguiram o benefício, 360 mil se inscreveram para cursos de licenciatura e poderiam optar pelo Fies para custear os estudos.

“No caso dos cursos de licenciatura, o Fies se equipara a uma bolsa do ProUni. O Fies tem capacidade praticamente ilimitada para atender os interessados. No orçamento, a capacidade é para atender 200 mil contratos ao ano”, afirmou o ministro. Em 2010, foram fechados 74 mil contratos do Fies.