"Espera-se que o novo Congresso mude a realidade eleitoral. É muito difícil! Mas há a esperança!", sintetizou, ontem à noite, o desembargador federal Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti, durante o lançamento do livro Comentários à Nova Lei Eleitoral, produzido numa parceria com o professor universitário Walber de Moura Agra. Realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no Bairro do Recife, o lançamento contou com a presença do presidente daquela corte federal, desembargador federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, e de representantes de vários segmentos da sociedade, incluindo o jornalista Joezil Barros, presidente dos Diários Associados Nordeste, que abrange jornais, portais e emissoras de rádio e TV da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O desembargador federal Francisco Cavalcanti destacou que o fato de uma pesquisa revelar que 35% dos parlamentares não têm ficha limpa ajuda a explicar a falta de interesse pela aprovação integral de textos como o do Projeto Ficha Limpa, que veda a disputa de eleições por condenados pela Justiça. Iniciativa do presidente do TRF5, desembargador federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, e da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe5), representada pelo desembargador federal Lázaro Guimarães, o livro trata de várias questões relativas à legislação eleitoral, incluindo financiamento de campanhas, fidelidade partidária, uso da máquina pública, propaganda e mudanças que repercutiram na sociedade.

Para Walber de Moura Agra o país precisa de uma reforma que substitua leis desconexas. "Claro que isso é possível", avaliou, para uma plateia integrada por parlamentares como o vereador de Olinda Marcelo Santa Cruz (PT) e os deputados estaduais Airinho de Sá Carvalho (PSB) e Jacilda Urquisa (PMDB), além do presidente do PMDB, Dorany Sampaio. Também participaram do lançamento representantes da Capitania dos Portos, do Comando Militar do Nordeste, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e outras instâncias do Poder Judiciário, da Faculdade de Direito do Recife, advogados, estudantes de direito e desembargadores e funcionários do TRF5.

Fonte: Redação do Diario de PE