O novo relatório do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC) ressalta a posição do Brasil no ranking de maiores consumidores de remédios inibidores de apetite produzidos à base de anfetamina do mundo. Segundo o documento, o consumo deste tipo de estimulante foi de dez doses diárias por mil habitantes em 2004-06.

A Argentina ocupa o primeiro lugar no ranking com o consumo de 17 doses diárias por mil habitantes.

De acordo com os especialistas, o grande problema no Brasil, é que a anfetamina pode ser consumida legalmente, já que é a principal substância de diversos remédios para perda de peso e estimulantes.

Segundo as estimativas da UNODC, o mercado global dos estimulantes sintéticos movimentou cerca de US$ 65 bilhões (R$112 bi), superando o consumo de outras drogas como o da cocaína e da heroína.

A UNODC quer com a divulgação do relatório lançar um novo programa para difundir informações sobre os estimulantes do grupo anfetamínico. Chamado de Smart, na sigla em inglês, o ‘Monitoramento Sintético Global: Análise, Relatos e Tendências’ pretende coletar, analisar e trocar informações sobre esses estimulantes, seu consumo e rotas de tráfico.

Segundo a UNODC, essas informações poderão ajudar os países a desenvolver programas de prevenção mais eficientes e melhorar o combate à produção dessas drogas.