Portadores do vírus da Aids estão vivendo mais, diz pesquisa
Um estudo realizado com soropositivos mostrou que a taxa de mortalidade entre os portadores do vírus da Aids, nos primeiros cinco anos de infecção, recuou significativamente, sendo comparado índice de mortalidade do restante da população não infectada. Seu risco de falecer cresce, porém, depois desse período, afirmam os autores do trabalho.
Os pesquisadores do "Medical Research Council Clinical Trials Unit", em Londres, analisou a evolução da mortalidade de 16.534 soropositivos comparativamente à da população em geral não-infectada, entre 1981 e 2006.
Esse recuo nos índices de mortalidade é atribuído ao surgimento das terapias anti-retrovirais em 1996.
A pesquisa não incluiu os homens e as mulheres infectados por meio do uso de drogas injetáveis, já que o risco de morte nesse grupo continuava sendo mais alto nos cinco anos seguintes à contaminação, disse Kholoud Porter, integrante do Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha e coordenadora do estudo.
Antes de 1996, quando a utilização do coquetel de remédios ainda não estava disseminada, o risco de morte era maior entre 8 e 20%, a depender da faixa etária, antes de cair para quase zero no ano de 2000 para todas as faixas etárias, disse Porter.
O vírus da Aids atinge, segundo estimativas, 33 milhões de pessoas em todo o planeta, a maior parte delas na África subsaariana, e já matou 25 milhões de pessoas.