Em 2002, a revista científica Journal of Near-Death Studies publicou uma pesquisa extensiva abordando o processo de memória celular. O estudo afirmava que as células vivas do tecido do órgão transplantado tinham a capacidade de memória. A teoria foi lembrada nesta semana após o suicídio de um americano que havia recebido o coração de um suicida em um transplante, há 13 anos.

Sonny Graham, 69, sofria de insuficiência cardíaca congestiva quando recebeu, em 1995, o coração de Terry Cottle, que havia se matado com um tiro na cabeça. De acordo com a notícia publicada no Jornal americano Beaufort Gazette, Sonny Graham, que morava no Estado americano da Geórgia com a esposa, se matou com um tiro na garganta na garagem da residência do casal.

Segundo os amigos do casal, Graham não aparentava estar deprimido.

A teoria, conhecida como "memória celular", precisa de maiores comprovações. Apesar das pesquisas sobre a herança da personalidade dos doadores, vários especialistas em transplantes afirmam que ainda há muito que ser estudado sobre esta relação.