A fundadora e presidente do movimento ecumênico dos Focolares, morreu na madrugada desta sexta-feira (14/3), aos 88 anos, em sua casa de Rocca di Papa, nos arredores de Roma. Chiara já havia sido hospitalizada, no Hospital Gemelli, na capital italiana, em fevereiro, para realizar exames, quando teve complicações respiratórias. Nesta quarta-feira (12/3), diante da inexistência de reação ao tratamento, os médicos atenderam o desejo expresso pela própria Chiara de voltar para casa junto à comunidade dos focolares, que também em todo o mundo estava em profunda oração por ela.

Na quarta-feira (12/3) o papa Bento XVI, havia mandado a Chiara carta pessoal que deu a ela grande alegria. “Estou informado das provas que a senhor está vivendo e desejo assegurar-lhe, neste difícil momento, minha lembrança na oração, para que Deus lhe dê o alívio físico, o consolo espiritual e lhe mostre sinais de sua benevolência, fazendo-lhe experimentar o valor redentor do sofrimento vivido em profunda comunhão com Ele. Com estes votos lhe concedo uma especial bênção apostólica”, disse o papa.

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, que estava em Roma para um encontro com o papa, havia visitado Chiara no hospital e afirmou: “Vim aqui para apresentar minha saudação pessoal e a do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla à queridíssima Chiara Lubich, que tanto ofereceu e oferece, com sua vida, a toda a Igreja. Também lhe dei com gratidão minha bênção. Sinto-me feliz por ter podido visitá-la”. Durante os últimos dias de todo o mundo, chegaram a Chiara mensagens assegurando orações e solidariedade, da parte de amigos e lideranças das mais diversas procedências. 

Italiana, nascida em Trento no ano de 1920, Chiara Lubich fundou os Focolares durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943. O objetivo do Movimento é contribuir para a fraternidade universal e para a unidade dos povos, sempre respeitando e valorizando a diversidade religiosa e cultural. O Movimento, presente em mais de 180 países, tem cerca de cinco milhões de participantes cristãos, hebreus, muçulmanos, budistas e hindus, entre outros, inclusive pessoas de convicções não-religiosas. Profundamente envolvidos pela conclusão da existência terrena de sua fundadora e presidente, as comunidades dos Focolares nos cinco continentes celebram missas, cultos e realizam momentos especiais de oração.