Uma criança de apenas oito anos passou em um vestibular de Direito de uma faculdade de Goiânia – GO.  João Victor Portellinha de Oliveira fez sozinho todos os processos de inscrição, impressão do cartão e comprovante e no dia da prova, agendada, ele mesmo foi com o avô paterno até a instituição e respondeu às questões da prova (de múltipla escolha) nos computadores da própria universidade.

Para a surpresa de todos, ele foi aprovado. O menino que cursa a quinta série do ensino fundamental poderia se tornar bacharel, aos 13 anos, caso cumprisse o procedimento de matrícula na Universidade.

O diretor-geral da Universidade, João Augusto Nasser, admitiu, no entanto, que o sistema de seleção aprovou o garoto e chegou a gerar um boleto de matrícula e o valor da matrícula foi paga pelo pai do gartoto, Willian Ribeiro, aluno do 4º período de direito da mesma instituição. Nasser garantiu que ele não fará o curso. Para isso, teria que ter o certificado de conclusão do ensino médio.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), não há impedimento algum para que qualquer pessoa tente fazer as provas do vestibular de qualquer instituição. O que não é permitido por lei é se matricular e cursar a faculdade, em caso de aprovação, sem ter concluído o ensino médio.

Já o garoto afirmou que foi fácil as provas e que gostou muito da redação, porque abordava um assunto recém comentado pela imprensa.

O ministro da educação, Fernando Haddad, determinou nesta quinta-feira a abertura de uma investigação sobre o vestibular da Universidade Paulista UNIP de Goiânia, que aprovou João Vítor. E prometeu aumentar a pressão sobre as faculdades com nível insatisfatório de ensino.