Usada como tratamento de distúrbios hormonais, estresse e insônia, sendo capaz de curar ou até amenizar dores em geral, a acupuntura, técnica milenar chinesa, é comumente usada para o controle e o equilíbrio das energias corporais. A mais nova utilização da técnica na medicina é para o tratamento da infertilidade.

Através de estímulos de determinados pontos da superfície da pele, sendo utilizados agulhas, ventosas, massagens e até calor, algumas clínicas de reprodução assistida passaram a usar a acupuntura e em dois anos os resultados foram satisfatórios.

Os dados indicam que 51% de suas pacientes que se submeteram às sessões engravidaram, contra 21% daquelas que não foram submetidas à prática terapêutica.

"A acupuntura eleva o fluxo de sangue no útero, aumentando a espessura endometrial e melhorando a receptividade dos embriões. Além disso, pela liberação das endorfinas no sistema nervoso central, diminui o estresse emocional e a ansiedade, freqüentes em casais inférteis, regulando os hormônios femininos", afirmou Silvana Chedid, médica ginecologista e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista.

Desde 2006, a Portaria número 971, do Ministério da Saúde, regularizou a prática da acupuntura no SUS (Sistema Único de Saúde), além de permitir que ela possa ser praticada por todos os profissionais da saúde, desde que a sua atuação seja regulamentada pelos seus respectivos conselhos federais profissionais.