Polícia pernambucana descarta homofobia nas mortes de cinco travestis
Após a série de cinco homicídios contra travestis, na Zona Sul do Recife, a polícia pernambucana descarta a hipótese de discriminação ou homofobia. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Joel Venâncio, declarou que a maioria dos casos está relacionada com atitudes criminosas dos travestis.
“Dos cinco casos, um foi por vingança por envolvimento no assassinato de um chefe de gangue rival; outro, por cobrança de uma dívida e os outros três, segundo a própria família, faziam assaltos e podem ter sido mortos por seguranças de rua. Não há nenhum indício de homofobia” afirmou.
O delegado confirma que o primeiro e o último casos já foram solucionados e já há a confissão dos autores, inclusive com a prisão de um dos acusados e a solicitação de prisão do outro.
Para a polícia, não é descartada a possibilidade dos outros três crimes ter uma conexão. Já que os dois travestis mortos no sábado à noite teriam presenciado o assassinato ocorrido à tarde. Segundo Venâncio, os três teriam sido mortos por grupos de extermínio compostos por seguranças de rua que atacam assaltantes da área.
“Há uma conexão, mas não por conta de homofobia e, sim, pelas atividades ilícitas em que eles estavam envolvidos” disse Venâncio. "As investigações continuam", concluiu.