Após a proibição, expedida pelo juiz da 17ª Vara Federal de Minas Gerais, Carlos Alberto Simões de Tomaz, da venda e distribuição em todo território nacional dos jogos Counter Strike e EverQuest, os Procons de alguns estados começaram a recolher os jogos.

De acordo com a decisão do juiz, os jogos “trazem imanentes estímulos à subversão de ordem social, atentando contra o estado democrático de direito e contra a segurança pública”. A multa estipulada, em caso de descumprimento, é de R$ 5 mil, estando vetada a distribuição e comercialização de “livros, encartes, revistas, CD-ROM, fitas de videogame (sic) ou computador” de tais jogos.

O jogo Counter Strike simula uma guerra entre terroristas e contra-terroristas, com reféns, bombas, fuga, assassinato, armas, técnicas de guerra e táticas de guerrilha. Chegando ao Brasil, o jogo foi adaptado com a implantação de traficantes do Rio de Janeiro que seqüestram representantes da ONU. O jogo é embalado com o funks cariocas, como trilha sonora. Já no Everquest, o jogador pode receber tarefas boas ou más. As más vão de mentiras, subornos e até assassinatos.

Em nota, a empresa, distribuidora oficial dos jogos no país, pede que os comerciantes tirem os jogos das prateleiras e os mantenham estocados "até nova instrução".

De acordo com a EA, a medida tem "caráter apenas preventivo", para evitar possíveis problemas com órgãos de defesa do consumidor. Isso porque a empresa não foi citada na ação judicial, proferida pelo juíz Carlos Alberto Simões de Tomaz, e também não foi notificada sobre a proibição.

A EA informa que "está adotando todas as medidas legais cabíveis" e que "espera no curto prazo reverter a situação e retomar a comercialização normal dos produtos".