Uma pesquisa realizada com gêmeos apresentou uma singular diferença entre irmãos. Foi descoberto um pequeno grupo de células “pré-leucêmicas", que possivelmente podem dar origem à doença, em uma das crianças.

A descoberta pode levar a tratamentos mais específicos e menos intensivos para todas as crianças com esse tipo de câncer originado nos tecidos que produzem o sangue, na medula óssea. Os resultados do trabalho, publicado na revista americana Science de 18 de janeiro, destacam que é preciso uma segunda mutação genética para o desenvolvimento pleno da doença.

Os cientistas transplantaram as células em ratos, que desenvolveram a mesma leucemia apresentada pelos gêmeos.

A mutação genética parece ser a primeira a permitir que estas células pré-leucêmicas sobrevivam e se reproduzam, antes de se tornar cancerosas, o que aconteceu em um dos gêmeos, mas não no outro.

A leucemia ocorre quando um grande número de glóbulos brancos domina a medula óssea impedindo que o organismo produza uma quantidade suficiente de glóbulos vermelhos e plaquetas para o sangue.

Juntamente com o linfoma, essa doença consiste em quase a metade dos cânceres infantis. A equipe é formada por cientistas britânicos, japoneses e italianos.