Após três meses de um processo que envolveu absolvição, licença e novas denúncias, o peemedebista, Renan Calheiros,  finalmente renunciou à presidência antes do início de um novo julgamento no plenário da Casa. O parlamentar leu nesta terça-feira (4), de sua bancada no Plenário do Senado, carta de renúncia ao cargo de presidente do Senado Federal.

"Compreendo que presidir esta Casa é conseqüência das circunstâncias políticas. Entendo também que, quando tais circunstâncias perdem densidade, ameaçando o bom desempenho das atividades legislativas, é aconselhável deixar o cargo. Assim, renuncio ao cargo de presidente do Senado Federal, sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida", disse Renan Calheiros.

O senador também frisou não ter utilizado "as prerrogativas do cargo" para sua defesa e acrescentou que não renunciou antes, pois "estaria sugerindo uma aceitação das infâmias e das inverdades"."Agi de acordo com a minha consciência e convicção de que era a conduta mais correta. Meu pensamento nessa hora difícil de minha vida volta-se para o povo de Alagoas que, com sua confiança e soberania, me investiu do mandato de senador da República, que tanto me orgulha", concluiu Renan Calheiros.

Logo em seguida, o presidente interno da Casa, senador Tião Viana (PT-AC), informou que a decisão será publicada no Diário Oficial do Senado na quarta-feira (5). Com isso, o prazo regimental de cinco dias para a eleição do novo presidente começa a contar a partir da quinta-feira (6).

A informação de que Renan renunciaria ao cargo foi antecipada pelo colunista Ricardo Noblat na manhã desta terça-feira. O nome mais cotado para sucedê-lo é o do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que já teria sido aceito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com informações da Agência Senado.